tag:blogger.com,1999:blog-16182648.post2984064398949798267..comments2023-04-15T05:17:51.007-03:00Comments on Filósofo Grego: Início da vida: uma questão biológica? (II)Prof. André Coelhohttp://www.blogger.com/profile/17791546944482703441noreply@blogger.comBlogger1125tag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-44038160165859615312009-04-10T17:10:00.000-03:002009-04-10T17:10:00.000-03:00Olá, André!Como bem comentei contigo, não deixei d...Olá, André!<BR/><BR/>Como bem comentei contigo, não deixei de prestigiar seu blog, mas, quanto a postar comentários, não só o tempo tem me faltado como pouco tenho divergido de suas idéias expostas, razão que leva a contentar-me com a leitura apenas.<BR/><BR/>Por outro lado, como sei que o blogueiro precisa de um "feedback" de seu público, seja para animá-lo, seja para instigar a discussão, ou outro motivo... Vou tentar acrescentar alguma informação a este tema que gostei bastante.<BR/><BR/>Pois bem, a princípio, concordo com sua exposição do sublime e do misterioso da vida, e sua fundamentação (me parece ser o caso de não utilizar "justificação", naquele sentido que você já expôs no blog, afinal estamos falando de dogmas da Igreja, correto?) religiosa. Eu seria apenas um pouco mais moderado nesse discurso, pois vejo a religião como uma manifestação cultural do homem, apesar de ter um mecanismo próprio de funcionamento. Em suas palavras, a mim, fica evidente um tom crítico em face do discurso religioso, que se justifica mesmo pela história, principalmente, da Igreja Católica. Contudo, acho interessante lembrar que as doutrinas religiosas, para muitas pessoas, servem como parâmetro que norteia a vida individual de cada um, como estimuladora da compaixão e da solidariedade, para citar algumas das virtudes que não pregadas, e por aí vai. Logo, parece-me que a controvérsia que se evidencia quanto ao discurso religioso concentra-se mais no aparato central que detém o poder de direção em cada religião, este sim, merecedor de várias críticas ao longo dos séculos.<BR/><BR/>Mesmo assim, como disse no início do parágrafo anterior, grosso modo, concordo contigo que o discurso religioso tem servido muito como antolhos, de maneira a limitar e desestimular a reflexão mais profunda.<BR/><BR/>Quanto ao discurso biológico, volto a concordar uma vez mais contigo. Adotar uma postura que defende a impossibilidade de explicação suficiente em torno dos fenômenos da vida parece significar a opção por uma postura um tanto irracional, quer dizer, fundamentada, como você destacou, em um "desejo bastante irracional". É o caso sim de reconhecermos as limitações atuais da ciência, seja no que toca aos contornos conferidos pela epistemologia, seja no que se refere à uma fundamentação filosófica. Não sobeja lembrar que, mesmo o conhecimento em áreas como a Física, não mais é encarado como um dado definitivo. As verdades que construímos estão aí para ser superadas. São válidas até que outras as invalide.<BR/><BR/>Outro ponto que destaco, quanto à essa postura que idealiza uma suposta impossibilidade de explicação suficiente dos fenômenos da vida, é um exemplo que me vem à cabeça. Sobre a origem do mundo, todos conhecem a famosa teoria do "big bang" (não é o caso de fazer nenhuma síntese aqui). Sempre que penso nela, vem-me logo a seguinte pergunta: Ok, mas e antes da explosão do tal átomo, o que existia? Não há professor de colegial que "ouse" arriscar algumas palavras. Já explico porque me lembrei desse exemplo. Ocorre que ele bem demonstra a limitação, momentânea, da Ciência que nós, homens, inventamos e reinventamos. Até mesmo os conceitos de "espaço" e "tempo" que o homem criou (e já recriou), infelizmente, apesar de possuir enorme utilidade para a vida, não deixa de oferecer suas limitações na visualização do "algo mais". Não à toa, novas teorias procuraram ultrapassar essa visão de passado, presente e futuro, ou espaço tridimensional (ver, por exemplo, a teoria "espaço-tempo" de Einsten e a tais 10 ou 11 dimensões das quais fala Stephen Hawking). Trata-se de um invólucro da Ciência que, mesmo muito útil, possui limitações e pode (ou precisa) ser superado para que novas explicações possam emergir. Digo tudo isso, para reforçar a visão exposta na postagem de que o discurso religioso não pode servir de limitação única ao tema. Mesmo o discurso biológico precisa ser ponderado, sob pena de reduzirmos o alcance das respostas que procuramos.<BR/><BR/>Era isso.<BR/><BR/>Abraço, André.Eduardonoreply@blogger.com