tag:blogger.com,1999:blog-16182648.post3079030152013268934..comments2023-04-15T05:17:51.007-03:00Comments on Filósofo Grego: Habermas: Discurso, Idealização e CríticaProf. André Coelhohttp://www.blogger.com/profile/17791546944482703441noreply@blogger.comBlogger6125tag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-13804235102301722522013-10-23T12:01:52.064-03:002013-10-23T12:01:52.064-03:00Muito bom, Prof. André!
Seus textos estão me ajuda...Muito bom, Prof. André!<br />Seus textos estão me ajudando muito a enfrentar o drama do primeiro contato com a vastíssima obra de Jürgen Habermas.<br />Obrigado por compartilhar conosco seu precioso conhecimento!Átila Santoshttps://www.blogger.com/profile/13691380508965266581noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-12217074579796949582013-04-05T13:51:45.714-03:002013-04-05T13:51:45.714-03:00(2) Isto também se relaciona com a resposta do seg...(2) Isto também se relaciona com a resposta do segundo ponto que levantaste, sobre o baixo potencial explicativo. Acho que, do ponto de vista de uma teoria crítica, em discursos reais há duas coisas a serem explicadas: ganhos cognitivos e normativos obtidos por meio do discurso de um lado, formas de engano e manipulação por outro. Daí que acho que a primeira parte do que há para ser explicado (os ganhos) só pode ser explicado em referência ao funcionamento do modelo idealizado, enquanto a segunda parte (os desvios) é que não pode ser explicada a partir do modelo idealizado, mas apenas a partir de uma teoria crítica mais ampla da sociedade. Ocorre que esta última também não seria capaz de explicar sozinha a primeira parte, porque, sem uma teoria do discurso, uma teoria social crítica não consegue responder à questão sobre por que resolver divergências por meio da linguagem e do entendimento deveria ser considerado um modo mais adequado (isto é, mais emancipatório) do que, por exemplo, o recurso à tradição, à autoridade, à violência ou à manipulação. Por isto me parece que tua crítica não é justa, porque, para explicar os ganhos cognitivos e normativos que se obtêm por meio do discurso e que o tornam potencialmente mais emancipatório que outras formas de solução de controvérsias, uma teoria do discurso que apela a um modelo idealizado tem grande poder explicativo.<br /><br />3) Habermas nega explicitamente que toda controvérsia tratada por meio do discurso racional seja apta a alcançar um consenso. Isto não é assim seja porque numa sociedade pluralista é esperável que existam desacordos radicais razoáveis em que nenhum dos lados conta com argumentos decisivos contra o outro seja porque em muitos casos a conjuntura não permite encontrar nenhuma alternativa em que todos os interesses em jogo sejam adequadamente contemplados. Ou seja, porque, seja na esfera das crenças e valores, seja na esfera das aspirações e interesses, nem sempre é possível encontrar uma convergência sustentável. Mas Habermas explica que, mesmo nestes casos de dissenso persistente (que não devem ser confundidos com casos em que é possível encontrar um consenso sobre meios de coexistência pacífica e igualitária entre pontos de vista radicalmente opostos), o modelo idealizado do discurso pode ser útil e informativo para permitir distinguir entre situações em que o consenso não era possível e situações em que ele era, mas não foi alcançado motivos de desvios e distorções no processo comunicativo. Se existes dissensos persistentes que são aceitáveis, precisamos identificar quais são e distingui-los dos outros dissensos, o que também não se pode fazer sem auxílio de uma teoria do discurso.<br /><br />Abraços!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-75704913925583033962013-04-05T13:51:03.129-03:002013-04-05T13:51:03.129-03:00Amaro, bom saber que segues lendo as postagens do ...Amaro, bom saber que segues lendo as postagens do Blog. Seja sempre bem-vindo à janela de comentários (e fique à vontade para me enviar contribuições que você gostaria que fossem publicadas como postagens no blog).<br /><br />Levantas três pontos: (1) a falsa dicotomia que sugeri entre idealização e ceticismo; (2) a falta de potencial explicativo de modelos idealizados para situações conflituosas reais; e (3) a suposição de que, não importa quão grande seja o dissenso inicial, sempre pode ser alcançado um consenso final. Deixe-me comentar sobre cada um deles.<br /><br />(1) Quanto a eu ter esboçado uma falsa dicotomia entre idealização e ceticismo, acho que tens razão. De fato, acreditar no poder explicativo de modelos idealizados e interpretar discursos reais como manipulação e violência não são as únicas duas alternativas disponíveis, e várias passagens da minha postagem, especialmente do meio para o fim do texto, sugeriram que esta dicotomia era real.<br /><br />Talvez o que eu tenha querido dizer possa ser expresso de modo mais exato da forma seguinte: (a) Sabe-se que tanto elementos cognitivos e morais quanto elementos manipulativos e violentos interferem na dinâmica normal de discursos reais; (b) de posse deste conhecimento, é preciso mostrar que os discursos reais extraem seu poder de convencimento e potencial de aprendizado dos elementos cognitivos e morais, mas extraem seus riscos de formação e reforçamento de ilusão ideológica dos elementos manipulativos e violentos; (c) para isto, a primeira parte da tarefa requer uma teoria idealizada do discurso e a segunda parte da tarefa requer uma teoria crítica da sociedade em que discursos reais ocorrem. A dicotomia que eu posso ter sugerido no texto deriva da minha percepção de que as duas tarefas acima não devem ser confundidas entre si e de que a segunda parte depende da primeira e não pode tomar o lugar dela.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-327493764351496802013-04-05T13:50:36.239-03:002013-04-05T13:50:36.239-03:00Neia, obrigado pelo elogio e vou tentar na medida ...Neia, obrigado pelo elogio e vou tentar na medida do possível criar outras postagens introdutórias deste mesmo tipo (e fique à vontade para me enviar contribuições que você gostaria que fossem publicadas como postagens no blog).<br /><br />Abraço!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-11435764809619785382013-03-29T17:32:13.976-03:002013-03-29T17:32:13.976-03:00Caro André,
É sem dúvida uma bela explicação. Mas...Caro André, <br />É sem dúvida uma bela explicação. Mas acho que fostes pouco convincente na exposição da objeção. Se fica com a opção ou de acatar a visão habermasiana do discurso idealizado ou com uma visão tosca em que o discurso é "apenas exercícios de interesses, poder e violência". <br />O grande problema de idealizações deste tipo é que na maioria das vezes são pouco fecundas para a análise das situações conflituosas, além da pressuposição para lá de questionável de que o dissenso não poderia ser mantido mesmo depois da mais intensa e exaustiva discussão.<br />Abraços<br />Amaro. Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-36367440371674885462013-03-29T13:00:34.237-03:002013-03-29T13:00:34.237-03:00Querido André, deixo a sugestão de que comeces a f...Querido André, deixo a sugestão de que comeces a fazer pequenos videos explicativos da teoria de Habermas. Acredito que seria extremamente didático e proveitoso para aqueles que estudamos e/ou estamos começando a jornada de ler a obra de Habermas. Como sempre, parabéns! Adorei a postagem! <br /> <br />Dilnéia Anonymousnoreply@blogger.com