tag:blogger.com,1999:blog-16182648.post3088536950801259606..comments2023-04-15T05:17:51.007-03:00Comments on Filósofo Grego: Punição e vingançaProf. André Coelhohttp://www.blogger.com/profile/17791546944482703441noreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-75275103491614232182012-11-26T11:45:33.803-03:002012-11-26T11:45:33.803-03:00Caro professor André,
sou graduando em letras e es...Caro professor André,<br />sou graduando em letras e estou pesquisando sobre o tema vingança e gostaria de saber quais foram os referenciais teóricos utilizados pelo senhor nesta análise, haja vista que vai de encontro ao que eu preciso para uma análise literária e filosófica do tema.<br />Grata.Miriã Lirahttps://www.blogger.com/profile/12770607934984008232noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-11866535440166797912010-09-28T12:02:52.464-03:002010-09-28T12:02:52.464-03:00André,não sou filósofa, mas interessei-me particul...André,não sou filósofa, mas interessei-me particularmente pelo tema da "vingança", pela questão moral nele envolvida, melhor seria afirmar não envolvida, uma vez que sou estudiosa da Doutrina Espírita e com base nos estudo de Joanna de Angelis, fundamentada na Psicologia Transpessoal, há "sombras" e arquétipos que herdamos na perspectiva coletiva e individual que precisamos expurgar para que e Lei Maior, que é do Amor, revalidada inequivocamente por Jesus, prevaleça...Aí sim caminharia a humanindade com passos mais autônomos e leves...é um pouco isso o que penso... foi valiosa a sua contribuição à luz filosófica.cleidefsimoes@yahoo.com.brhttp://cleidesimoesnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-67130289262650835612009-01-30T09:48:00.000-03:002009-01-30T09:48:00.000-03:00Obrigado pelas sugestões, André.Obrigado pelas sugestões, André.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-90411492553353522302009-01-27T21:18:00.000-03:002009-01-27T21:18:00.000-03:00Eduardo, não dá para deixar de ler o "Vigiar e Pun...Eduardo, não dá para deixar de ler o "Vigiar e Punir", de Michel Foucault, e o "Sociologia do Direito", vol. I, cap. 2, de Niklas Luhmann. Desculpe pela demora e deculpe se forem indicações óbvias.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-76753587411369942032009-01-20T13:20:00.000-03:002009-01-20T13:20:00.000-03:00Olá novamente André!Volto a escrever só para que n...Olá novamente André!<BR/><BR/>Volto a escrever só para que não reste dúvida acerca da minha consideração sobre seu domínio dentro dos temas propostos em seu blog. Já li parte considerável de seus textos postados, o que, acho, só comprova que em absoluto estava a ironizar-lhe. Parabéns mesmo pelos textos e pelas felizes dicussões que costuma travar com os demais internautas dentro e fora do seu blog (sim, também já revirei alguns blogs que você colocou como favorito).<BR/><BR/>Aproveito o ensejo para perguntar-lhe se sugere alguma obra específica sobre o tema "vingança e punição", que muito me interessa. Estudo o instituto da responsabilidade civil que vem passando por profundas transformações (falando em clichê, o que será que no direito não está a passar por "profundas transformações"?) e o tema deste post muito vem a calhar.<BR/><BR/>Tenho tentanto diversificar o panorama de minhas leituras justamente para ver se consigo contribuir para a ampliação da discussão dentro da responsabilidade civil, instituto que, a meu ver, possui, hoje, ainda, uma sistemática (positiva) presa à racionalidade iluminista, bem como ao positivismo jurídico.<BR/><BR/>Cumprimentos sinceros.<BR/><BR/>Eduardo.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-58270950817861181362009-01-20T07:38:00.000-03:002009-01-20T07:38:00.000-03:00Eduardo, obrigado por postar um novo comentário e ...Eduardo, obrigado por postar um novo comentário e por responder às minhas considerações. Creio que agora a sua posição ficou bem mais clara: é preciso uma transição em que alguns protagonistas (entre eles, os juristas) desempenhem o papel de legitimação simbólica (sincera, racional, transparente) da nova forma de pensar. Eu, devido às minhas sérias raízes habermasianas, tendo a concordar com você, mas sabendo bem que essa é uma aposta alta, talvez alta demais, na racionalidade, não ignorando, mas, talvez, subestimando a força dos elementos irracionais no plano individual e coletivo. Quanto às suas considerações sobre minha superior formação no assunto (tomando-as como sinceras, e não como exercícios de ironia socrática, rsrs), não me encaixo num perfil assim intimidador, sou apenas um estudante (ocorreu-me escrever "um eterno estudante", mas soou tão clichê e piegas que desisti, rsrs), cujas leituras feitas são largamente superadas pelas leituras por fazer. De resto, espero contar sempre com sua visita e seu comentário. Sua presença enriqueceu bastante esse tópico. Muito obrigado!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-69524089601965832562009-01-20T00:02:00.000-03:002009-01-20T00:02:00.000-03:00Sobre a teoria de Jonas, não vou adiante com a dis...Sobre a teoria de Jonas, não vou adiante com a discussão, pois seria imprudente da minha parte e de pouca valia a tentativa, na medida em que não tive contato com qualquer obra do autor, apenas li alguns artigos que conto na mão. A idéia realmente era tão-só destacar uma colocação feita pelo referido autor do artigo escrito.<BR/><BR/>Quando usei a palavra “paradigma” talvez tenha “atentado” contra significações mais apuradas que os autores empregam à palavra. Pelo visto, ainda caminho enquanto você (não ofendo ao falar “você”, certo?) voa milhas adiante...<BR/><BR/>Voltando à minha tentativa de argumentar, mesmo falando em mudança de paradigma (e não apenas em geração de seus efeitos), ainda assim acredito que a sua não adesão por uma maioria não necessariamente quer indicar um fracasso prematuro. Digo isso na medida em que a sociedade complexa que formamos hoje não pode ser encarada de maneira binária (há um grupo a favor da vingança e outro não – maioria x minoria), nem algo próximo disso (não que eu tenha entendido isso de suas palavras também). Ao contrário, a pluralidade que formamos, a crise pela qual nossas instituições passam (gerando um déficit de referências), parece-me exigir que tomemos (nós, atores dentro de nossos papéis, de acordo com a influência que cada um exerce) posição por novos paradigmas. Minha colocação talvez pareça contrariar a idéia habermasiana (estou me aventurando nas idéias do autor) de que o direito coercitivo só consegue garantir sua “força integradora” na proporção em que a totalidade de seus destinatários vê-se como “autora racional” da norma jurídica. Contudo, não pretendo desdizer isso. Quero apenas realçar que as mudanças da qual falamos dependem sim de aceitabilidade. Por sua vez, esta aceitabilidade é passível de ser alcançada através de um processo. É nesse ínterim que alguns atores empreenderão esforços no sentido de bem suceder a mudança. Quer dizer, as mudanças não necessariamente dependem, de início, da aceitabilidade de uma maioria. Isso pode ser “alcançado” (como parece acontecer na maior parte das vezes).<BR/><BR/>Quando interroga o que devemos fazer até que a situação se modifique, de fato, esta parte parece delicada. Seja na espreita de uma possível mudança de paradigma, seja na espera de sua geração de efeitos (já ocorrida a mudança formal [?]), caberá aos atores, os de vanguarda, propiciar a popularização da mudança, que, de certo, não funciona como “um machado que abre as cabeças dos demais atores para nelas alterar, da noite para o dia, o que se precisar alterar”; faz parte de um processo lento (mas ativo) de conscientização social para com o novo paradigma. Vou arriscar um exemplo: parece-me que realiza esse papel um tribunal, que, diante da mudança de paradigma na legislação, mais especificamente em uma constituição, referente a certo tema, busca harmonizar a legislação pretérita com a nova sistemática vigente (ao invés de esperar mudanças formais para harmonizar o ordenamento jurídico positivo). Certo, mas onde está a mudança de “visão de mundo”, de “forma de pensar” da qual falava (estou tomando estas expressões suas como a consciência individual de um ator componente do coletivo)? Pois bem, deve começar a surgir a partir das decisões reiteradas proferidas pelo tribunal (claro que estou a falar de uma vertente apenas dentre as várias que terão o potencial de exercer esse papel de influenciar o sucesso da mudança). Negar isso, parece-me, seria negar geração de efeito e eficácia das decisões do tribunal sobre parte dos atores da sociedade. Toda sociedade acaba por contar com seus “formadores de opinião” (no exemplo dado seria o tribunal), cada qual desempenhando seu papel. Logo, caberia esperar, como você mesmo colocou, a sucessão de gerações para a percepção da mudança.<BR/><BR/>Para não prolongar demasiado o comentário, quanto à transformação de desejo não satisfeito em frustração, e esta, por sua vez, em violência, parece-me que a chave é fugir dessa palavra que usou: “impor”. Seria o caso de embrenharmos em temas como a teoria do agir comunicativo, uma das hipóteses defensáveis... Fica a gosto.<BR/><BR/>Já peço, de antemão, desculpas pelas imprecisões técnicas na minha exposição, fruto do meu insciente estágio de conhecimento.<BR/><BR/>Abraço.<BR/><BR/>Eduardo.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-73615846666294581722009-01-19T22:23:00.000-03:002009-01-19T22:23:00.000-03:00Eduardo, muito obrigado pela sua visita, pelo elog...Eduardo, muito obrigado pela sua visita, pelo elogio, por ter deixado um comentário e por ter dado essa sugestão. Espero contar com suas contribuições mais vezes no futuro. Sobre sua sugestão, comento duas coisas:<BR/><BR/>[1] Sobre o imperativo ético de Hans Jonas (que, sei bem, foi usado apenas como exemplo, sem ser o cerne do seu argumento), discordo inteiramente da capacidade dele de substituir o imperativo categórico kantiano, pois enquanto a forma universal desse último o torna uma necessidade inexcusável da razão prática, o imperativo ético jonasiano, ao referir-se a uma vida autêntico, se vincula, de modo aristotélico demais, à necessidade de um esclarecimento ulterior da concepção de homem e de autenticidade com que se trabalha, esclarecimento que só pode ser satisfeito no interior de uma concepção de via boa. Em resumo: o imperativo kantiano é moral; o jonasiano, é ético (no sentido em que Habermas trabalha essa distinção).<BR/><BR/>[2] Sobre a questão da superação de paradigmas, primeiro, tenho algumas dúvidas sobre a possibilidade de empregar o conceito de paradigma não para teorias filosóficas ou científicas, mas para formas de pensar e visões de mundo (prevenção que estendo ao conceito foucaultiano de episteme, ao gadameriano de horizonte hermenêutico etc.). Segundo, supondo que seja aplicável, diria que o ponto central de complicação não é saber que certo "paradigma", que provavelmente será o sucessor do atual, ainda não conta com todas as forças de seu antecessor, mas sim saber o que fazer até que essa situação se modifique. Não sei se foi sua intenção, nem se o compreendi corretamente, mas tive a impressão de que você quis dizer que "é assim mesmo, há resistências, há dificuldades, mas temos que seguir em frente, rumo ao paradigma posterior". A questão é: Como? Se já se aposta no "paradigma" anterior antes que ele corresponda e satisfaça às expectativas da maior parte da sociedade, não se está condenando tal "paradigma" a um fracasso prematuro? Como se administra isso, do ponto de vista político?Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-22211423821006034742009-01-19T21:40:00.000-03:002009-01-19T21:40:00.000-03:00Caro André,Se é que posso contribuir de forma sing...Caro André,<BR/><BR/>Se é que posso contribuir de forma singela com sua já clara exposição, gostaria de sugerir um excerto do artigo de José Eduardo de Siqueira (daqui adiante JES), cujo título é "Hans Jonas e a ética da responsabilidade".<BR/><BR/>Longe de querer estabelecer uma conexão entre os temas, meu intento é acrescentar um ponto de vista acerca da manutenção do paradoxo "superação da idéia de vingança como forma institucional de repelir a trangressão" x "remanescente desejo de vingança como característica da afetividade individual/social".<BR/><BR/>JES, ao expor as idéias de Hans Jonas sobre um novo paradigma para uma ética da responsabilidade, explana que o cerne da obra deste autor é substituir antigos imperativos éticos, tais como o de Kant - "age de tal maneira que o princípio de tua ação transforme-se numa lei universal" - propondo um novo imperativo: "age de tal maneira que os efeitos de tua ação sejam compatíveis com a permanência de uma vida humana autêntica".<BR/><BR/>Findada a parte basilar do trabalho proposto, JES preleciona: "Faz-se mister reconhecer que os novos paradigmas raramente possuem todos os elementos persuasivos dos predecessores que, não infreqüentemente prevalecem por séculos, porém, contém o gérmen de respostas mais adequadas para os problemas que apontam para o futuro. Assim é o imperativo de Jonas que ainda não chegou a completar vinte anos e se oferece para substituir o imperativo Kantiano que já comemorou duzentos".<BR/><BR/>É este ponto que pretendia colocar em evidência. Dentre as tantas possibilidades, haja vista a contigência do mundo da vida, talvez seja o caso de a mudança de paradigma ainda não ter gerado todos os seus efeitos esperados. Assim como se "gasta" tempo para alterar paradigmas, também sôa razoável a demora para que, após sua mudança, seus efeitos se instalem de modo satisfatório. <BR/><BR/>Era isso.<BR/><BR/>Aproveito para parabenizá-lo pelo blog (que conheço a pouquíssimo tempo). Seus textos são ótimas instroduções aos temas propostos.<BR/><BR/>Vou abusar da sua boa vontade para sugerir-lhe que deixe uma bibliografia ao fim dos posts como maneira de instigar os leitores ao aprofundamento do estudo do tema.<BR/><BR/>Abraço.<BR/><BR/>Eduardo<BR/>Cuiabá-MT.Anonymousnoreply@blogger.com