tag:blogger.com,1999:blog-16182648.post6422794695036026526..comments2023-04-15T05:17:51.007-03:00Comments on Filósofo Grego: Crítica à Crítica de Hegel ao Imperativo Categórico KantianoProf. André Coelhohttp://www.blogger.com/profile/17791546944482703441noreply@blogger.comBlogger9125tag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-84794751229611075412013-07-05T22:36:56.121-03:002013-07-05T22:36:56.121-03:00Esta é na verdade uma objeção antiga e fundada na ...Esta é na verdade uma objeção antiga e fundada na má compreensão do teste da universalidade. Valeria a crítica se Kant tivesse pedido que verificássemos se a máxima em questão pode ser aprovada como uma lei universal, mas não é isso que ele pediu que fizéssemos. Ele pediu que verificássemos, ao contrário, primeiro se ela pode ser concebida como lei universal, isto é, se seria possível um mundo em que aquela fosse uma lei universal, e depois se podemos querê-la, não no sentido de se de fato a queremos, mas no sentido de se querê-la não entra em contradição com alguma outra vontade mais fundamental que tenhamos e a que não possamos renunciar. Portanto, é um teste de compatibilidade, não de aprovabilidade. A máxima não passa no teste dependendo de se a consideramos ou não boa (do contrário, o teste seria uma petição de princípio), e sim de acordo com se é ou não viável como legislação universal de um mundo prático.Prof. André Coelhohttps://www.blogger.com/profile/17791546944482703441noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-73691122796825908742013-07-05T12:42:28.949-03:002013-07-05T12:42:28.949-03:00Após a leitura de um artigo no qual discute-se a m...Após a leitura de um artigo no qual discute-se a moral Nietzscheniana, levantam-se algumas ponderações importantes. Segundo o artigo, "avaliar a moralidade das ações é já ter disponível uma compreensão do valor. Com Nietzsche, o projeto de traçar as condições epistêmicas que determinam a moralidade das ações parece perder o sentido por incorrer, por assim dizer, num erro lógico ou na contradição de se tentar fundamentar o que já é o fundamento para qualquer forma de conhecimento: a moral." Vemos, então, a incapacidade de se estabelecer o categórico universal de Kant porquanto o conhecimento fundamenta-se em um posicionamento moral. Não há meios de, racionalmente, julgar o valor de uma ação de modo universal pois se assim for, avaliaríamos o que é bom para todos sob um critério subjetivo e, portanto, tendencioso.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-9301234394562658342010-12-07T19:22:14.175-03:002010-12-07T19:22:14.175-03:00Obrigado. Espero que retorne sempre.Obrigado. Espero que retorne sempre.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-51322741863673159272010-12-07T18:24:41.718-03:002010-12-07T18:24:41.718-03:00Caro André, meus parabéns pelo seu texto tão eluci...Caro André, meus parabéns pelo seu texto tão elucidativo.<br />Andava procurando sobre a crítica de Hegel à Kant e não encontrei um texto com linguagem simples e tão informativo quanto o seu. Acredito que sua publicação ajudará muitos que têm dificuldade em entender alguns aspectos dessa crítica.<br />Mais uma vez, obrigada e parabéns!Cher Luzanoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-86594710963062255182010-09-09T22:14:37.349-03:002010-09-09T22:14:37.349-03:00Valeu André, muito claro! Volto aqui mais vezes. E...Valeu André, muito claro! Volto aqui mais vezes. Entendo pouco de Kant mas pelo o que eu entendo deu para situar o que tu falaste. Valeu.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-2145208037442062922010-09-09T19:03:38.373-03:002010-09-09T19:03:38.373-03:00Hegel fala: forma vazia, suscetível de qualquer co...Hegel fala: forma vazia, suscetível de qualquer conteúdo... Eu acrescentaria ...possível. Pois, me parece a partir de seu texto, que para Kant uma lei universal é apenas aquilo que se mostra a mente como possível de ser uma lei. Então, posso pensar num mundo onde o assassinato seja permitido, sob a circunstância de que a vitima seja um criminoso. Assim, essa poderia ser uma lei universal. Logo, essa universalidade de determinadas leis seria atribuída e não algo intrínseco a lei. Assim não existe nem a universalidade, como existe a humanidade no homem. Melhor dizendo, a humanidade, é aquilo que o homem precisa ter que o constitui como homem e que é intrínseco a cada homem. Já a lei universal só se torna universal quando atribuímos a ela esse caráter de poder ou não ser seguida por toda a humanidade. Essa argumentação mostra com Kant era extremamente racionalista tendo uma visão apenas lógica da realidade. Falta-lhe uma visão ontológica, do ser das coisas. Essa universalidade que ele prega é a possibilidade de chegarmos a um consenso sobre determinada ação possível, tornando-a assim acidental a lei e não substancial. Mas, como ele por não conhecer a Metafísica, acredita que tudo regido pela subjetividade, nunca conseguiria sair dessa aporia que é seu próprio pensamento filosófico.Nicolai Pessoahttps://www.blogger.com/profile/12708108571213450130noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-55171606085421674792010-09-08T06:27:47.916-03:002010-09-08T06:27:47.916-03:003) No suicídio, se a máxima do suicida for: "...3) No suicídio, se a máxima do suicida for: "matar a si mesmo", e ponto final, então, de fato, a universalização dessa máxima significaria a extinção da raça humana e seria absurda. Mas imagine que, em vez disso, a máxima dele seja "pôr um fim à minha vida quando ela tiver deixado de ter valor para mim". Nesse caso, a unviersalização dessa máxima não faria com que todos se matassem, e sim faria com que aqueles para quem a vida perdeu o valor pusessem fim a ela. O argumento de Kant de que essa máxima, mesmo assim, restringida por essa condição, não poderia ser universalizada é o seguinte: Segundo Kant, todos somos por natureza dotados de um desejo de viver, que é o que nos faz buscar o prazer e evitar o sofrimento; ora, se em algum momento o evitamento do sofrimento levasse a querer pôr fim à vida, isso seria, segundo ele, uma contradição, porque seria o próprio desejo de vida que me estaria levando a querer matar-me. Outra versão desse argumento é dizer que temos o dever de conservar a nossa vida, de modo que tal dever, como todo dever para Kant, não deve ser cumprido apenas quando é prazeiroso e útil ou descumprido sempre que for doloroso ou inútil. Deve ser cumprido sempre, sendo a situação do desejo de morrer uma espécie de situação limite que testa até que ponto estamos mesmo comprometidos com o dever de conservar a nossa vida, ou estávamos apenas cumprindo tal dever enquanto ele nos era mais conveniente. Algo assim. Mas hoje em dia muitos kantianos discordam dessa linha de argumento. Um dos contra-argumentos mais comuns é que todo ser humano tem, acima do desejo pela vida, um desejo por liberdade, sendo toda situação em que sou forçado a fazer o que não quero, nem vejo nenhuma boa razão para fazer, uma violação da minha liberdade. Querer um mundo que todos conservam a vida mesmo quando ela já perdeu o valor é querer um mundo em que eu poderia não ver mais qualquer razão para viver e ainda assim teria que continuar vivendo, ou seja, um mundo em que a minha liberdade seria violada. Como, para Kant, a vida em si não tem valor algum, mas sim o que se faz dela, sendo então a vida, como ele mesmo diz algumas vezes, apenas um meio ou oportunidade para a liberdade, conceber uma situação em que se teria que manter a vida mesmo violando a liberdade parece altamente problemático. Esse é um dos argumentos mais usados por kantianos que concordam com o sistema como um todo, mas discordam desse exemplo em particular.<br /><br />Espero ter ajudado. Abraços!Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-13878783021854498312010-09-08T06:27:11.107-03:002010-09-08T06:27:11.107-03:00Pedro, obrigado por ler e comentar a postagem. Esp...Pedro, obrigado por ler e comentar a postagem. Espero que retorne sempre e que continue emitindo suas opiniões. Vou tentar, na medida do possível, responder às questões que você levantou.<br /><br />1) Não se trata de procurar na conduta das pessoas uma máxima que seja universal, e sim de testar uma máxima que você quer seguir, mas está em dúvida se é moral ou não, verificando se é possível querer um mundo que todos seguissem sempre aquela máxima. Se você quiser dizer que as máximas por trás das condutas de sujeitos muito distintos, pertencentes a culturas distintas e com crenças, convicções, motivações e experiências biográficas distintas provavelmente não vão coincidir, isso é um fato, e inegável. Mas Kant não está falando de encontrar uma máxima que seja universal, e sim de testar se a máxima que você quer seguir poderia ser convertida numa lei universal. E poder ser convertida numa lei universal depende apenas de conceber um mundo imaginário em que todos seguissem aquela máxima, não tem nada a ver com descobrir que outros no mundo real seguem a mesma máxima que você.<br /><br />2) Sim, o poder querer faz muita diferença. Em primeiro lugar, porque estamos falando aqui do que se pode querer como lei universal. Por exemplo, você quer, como regra geral, que todos respeitem a fila, mas gostaria, como exceção, que você fosse atendido antes dos outros. Não é possível querer essas duas coisas ao mesmo tempo, porque elas seriam contraditórias entre si. Então, qual delas é possível querer que seja uma lei unviersal? Bom, é possível querer que cada um respeite seu lugar na fila como uma lei universal, mas não é possível querer como uma lei universal que cada um possa ser atendido antes dos outros toda vez que quiser ou precisar disso, do contrário não haverá fila alguma e atendimento algum será possível. Em segundo lugar, porque não é verdade que só queiramos o que é possível querer ou o que é possível conseguir. Seres humanos querem nunca sofrer, nunca fracassar, nunca envelhecer, nunca morrer, e não podem conseguir nenhuma dessas coisas. Todos os apostadores da mega-sena gostariam de ganhar o prêmio milionário, mas é impossível que todos consigam, do contrário o prêmio não será milionário. O fato de querermos uma coisa não é prova de que ela é possível. (Kant dirá que o dever, sim, prova a possibilidade da coisa devida, porque é impossível que se deva fazer uma coisa que não se possa fazer.)Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-16182648.post-43750639741966038052010-09-06T20:44:32.542-03:002010-09-06T20:44:32.542-03:00Caro André, tudo bem?
Li e gostei do texto, mas a...Caro André, tudo bem?<br /><br />Li e gostei do texto, mas algumas coisas ainda me ficaram duvidosas. <br /><br />Por exemplo, não entendi a diferença entre a ação e a máxima do sujeito kantiano porque me parece que a máxima de ação tem valores diferentes para variadas culturas, a máxima nunca vai pode ser universalizável visto que a estrutura mental de um cidadão hindu ou de um islâmico é completamente diferente da de um ocidental, por isso que, por enquanto, concordo com Hegel quando ele fala que “a tentativa de aplicar o teste já tinha prévio conhecimento do que era certo ou errado...”. Em suma, qual a máxima correta ou como defini-la? <br /><br />A outra é que o critério de validade moral kantiano está antes no poder querer do que no querer? O poder querer faz tanta diferença assim? Eu geralmente quero o que quero e se quero alguma coisa é porque tenho possibilidade de consiguí-la. Ou não?<br /> <br />A outra, e última, no último parágrafo colocas sobre alguns kantianos que tem boas razões para discordar da imoralidade do suicídio, mas como no sujeito cognoscente pode ser validado por exemplo como lei universal a moralidade do suicídio visto que no momento mesmo em que isso é pensado também é pensado a extinção da espécie humana? Posso estar equivocado, mas se o sujeito que vai se matar pensa isso ser válido como lei universal também pensa nessa exato momento em que pensa o fim da espécie humana. Como ele pode querer que a consequência do querer dele que é a morte seja válida como lei moral? O que é moral ou imoral só pode ser definido pelo sujeito mesmo que avalia em seu pensamento os critérios de validez ou não do que é pensado, ou não? Visto que este cidadão está imerso em uma cultura pré-dada qual o critério de validade universalmente aceito levando em consideração as diferentes tradições religiosas?Anonymousnoreply@blogger.com