Filosofia Moral: Ética e Moral
Parte I - Escrita em 10/11/2007
A Filosofia Moral distingue entre ética e moral. Ética tem a ver com o "bom": é o conjunto de valores que apontam qual é a vida boa na concepção de um indivíduo ou de uma comunidade. Moral tem a ver com o "justo": é o conjunto de regras que fixam condições eqüitativas de convivência com respeito e liberdade. Éticas cada qual tem e vive de acordo com a sua; moral é o que torna possível que as diversas éticas convivam entre si sem se violarem ou se sobreporem umas às outras. Por isso mesmo, a moral prevalece sobre a ética.
No terreno da ética estão as noções de felicidade, de caráter e de virtudes. As decisões de qual propósito dá sentido à minha vida, que tipo de pessoa eu sou e quero vir a ser e qual a melhor maneira de confrontar situações de medo, de excassez, de solidão, de arrependimento etc. são todas decisões éticas.
No terreno da moral estão as noções de justiça, ação, intenção, responsabilidade, respeito, limites, dever e punição. A moral tem tudo a ver com a questão do exercício do direito de um até os limites que não violem os direitos do outro.
As duas coisas, claro, são indispensáveis. Sem moral, a convivência é impossível. Sem ética, é infeliz e lamentável. Diz-se que quem age moralmente (por exemplo, não mentindo, não roubando, não matando etc.) faz o mínimo e não tem mérito, mas quem não age moralmente deixa de fazer o mínimo e tem culpa (por isso pode ser punido). Por outro lado, quem age eticamente (sendo generoso, corajoso, perseverante etc.) faz o máximo e tem mérito, mas quem não age eticamente apenas faz menos que o máximo e deixa de ter mérito, mas sem ter culpa (por isso não pode ser punido, mas, no máximo, lamentado).
Parte II - Escrita em 28/09/2010
A postagem "Filosofia Moral: Ética e Moral", que publiquei em 10 de novembro de 2007, se tornou ao longo do tempo a postagem mais comentada e visualizada dos 5 anos de meu blog, tendo até o momento 38 comentários e mais de 9.000 visualizações. Em homenagem a essa marca, que sem dúvida me surpreende e naturalmente me deixa muito contente, decidi publicar uma segunda postagem, que ao mesmo tempo prossegue, complementa e aperfeiçoa aquela primeira. Principalmente para aqueles que procuram aquela minha postagem atrás de leitura introdutória para suas pesquisas penso que esta postagem complementar será muito útil. Organizarei a postagem em tópicos, de modo a facilitar a apreensão de seu conteúdo.
1) Origem dos termos "ética" e "moral"
Ética vem do grego "éthos" e moral, do latim "mos". Tanto "ethos" quanto "mos" significam a mesma coisa: hábito, costume. Quando os filósofos gregos quiseram cunhar um nome para a parte da filosofia que se ocupa com as ações cotidianas do indivíduo, criaram a expressão "ethiké epistéme", que significava "ciência dos costumes" ou, como ficou conhecida, "ciência ética", ou simplesmente "ética". Já quando os filósofos romanos, que eram atentos leitores dos gregos, quiseram traduzir para o latim a expressão "ethiké epistéme", tentaram encontrar um equivalente em sua língua e cunharam "scientia moralis", que significava "ciência dos costumes" ou, como ficou conhecida, "ciência moral", ou simplesmente "moral". Assim, qualquer diferença que se possa encontrar entre "ética" e "moral" não advém do significado original dos dois termos, pois estes, em sua origem, eram apenas a tradução um do outro.
Há também uma versão segundo a qual "ética" não teria sua origem no grego "éthos", escrito "έθος", com "ε" (épsilon, letra grega que soa como um "e" curto e aberto), "costume", e sim no grego "éthos" escrito "ήθος", com "η" (eta, letra grega que soa como um "e" longo e fechado), "habitação". Para os que defendem essa versão, essa segunda forma de "éthos" ("ήθος", com "η") designaria um modo de ser, um caráter habitual, um conjunto de traços e ações que constituem a identidade de quem se é, nos quais se está à vontade, "em casa". Nesse caso, a "ethiké epistéme" significaria não a ciência dos costumes, e sim a ciência do estar em casa, do ser si mesmo, do encontrar-se em sua própria identidade, sem distanciar-se de si nem de seus valores. O fato de que "ética" era escrita "ηθικά", com "η", nos tratados gregos parece corroborar essa versão. Nesse caso, a tradução de "ηθικά" por "moralis" teria sido um erro dos filósofos romanos.
2) Formas de distinção entre ética e moral
Há duas tradições de distinção entre os dois termos. Uma delas é francesa e ganhou fama no Período das Luzes, no qual a célebre "Enciclopédia" de D'Alembert e Diderrot atribuiu a "moral" o sentido de conjunto de normas e valores em que os homens de certa época e lugar acreditam e que realizam mediante suas ações, enquanto a ética seria o conjunto de teorias filosóficas, racionais e reflexivas, sobre as normas e os valores em que os homens deveriam acreditar e que eles deveriam realizar em suas ações. Nessa tradição, a moral tem a ver com as normas e valores que já são seguidos na prática, os quais podem ser habituais, preconceituosos, supersticiosos, cruéis e irracionais de várias maneiras. A ética, ao contrário, é coisa dos filósofos, está no plano da teoria, da especulação, da reflexão e argumentação racional. Em suma: A moral seria aquilo que os homens comuns aceitam e praticam como certo e errado; a ética seria aquilo que os filósofos pensam e propõem como certo e errado. Outra forma de dizer a mesma coisa seria que a ética é uma reflexão sobre a moral; ou ainda que a ética é a moral quando submetida à crítica da razão.
A segunda tradição é alemã e tem origem nas maneiras distintas como Kant e Hegel conceberam (ou pelo menos nas maneiras distintas como geralmente se alega queeles conceberam) a reflexão sobre o bem e o mal. Segundo geralmente se alega, Kant imaginou a moral como um conjunto de normas ditadas pela razão, as quais seriam as mesmas para todos os homens, em todas as épocas e lugares. Já Hegel, contrapondo-se a Kant, chamou o que este propunha de "moralidade" e disse que ela era demasiadamente abstrata, vazia, inflexível e incapaz de motivar o ser humano. Em lugar da "moralidade" kantiana, Hegel propôs-se falar de uma "eticidade", a qual seria, segundo se alega, um conjunto de crenças, valores e ideais que os homens de certa época e certo lugar carregam consigo, porque foram formados neles desde a infância e porque por meio deles se entendem e convivem uns com os outros, formando sua identidade individual e coletiva. Assim, "moralidade" e "eticidade" se tornam rótulos convenientes para duas abordagens da ética: Uma com base em normas racionais válidas para todos (moralidade, Kant) e outra com base nas convicções culturais de cada povo (eticidade, Hegel). Embora essas estejam longe de ser boas caracterizações das concepções éticas de Kant e Hegel, é importante tê-las em vista para compreender de que modo moral e ética vieram a significar duas diferentes abordagens das questões do que se deve fazer.
3) Objeto da ética e da moral
A ética é uma teoria da vida boa para mim. Como assim? É uma teoria que procura responder: De todas as coisas possíveis de serem feitas, vivenciadas e realizadas na vida, qual delas é a que vale mais e realmente a pena? De que modo devo viver a minha vida? Que tipo de pessoa eu sou e que tipo de pessoa eu quero ser? O que espero ter sido e feito na vida, quando estiver velho e olhar para ela retrospectivamente? Todas essas são questões éticas. Responder a elas é traçar para si um propósito, um fim, um "télos" na vida. É definir para onde se quer caminhar e como se pretende chegar lá. Um homem de negócios, um filantropo, um artista, um sacerdote, todos eles são homens que se fizeram as mesmas questões éticas acima, mas deram a elas diferentes respostas. O que importa no fim das contas? Ter riqueza, sucesso e poder? Dedicar-se aos outros e aliviar as dores do mundo? Viver o prazer, o amor e a beleza? Voltar-se para Deus e ter uma vida neste mundo como preparação para uma vida noutro mundo? Essas são algumas das alternativas que se abrem para todo aquele que se pergunta o que pretende fazer de sua vida.
A moral é uma teoria da convivência justa com os outros. Não tem a ver com o que quero para mim, e sim com o respeito que devo aos outros. Não tem a ver com os meus fins, e sim com os limites que todos temos que respeitar, quaisquer que sejam os fins que estejamos perseguindo. A moral responde à seguinte questão: Quais são as condições de uma convivência pacífica, respeitosa e solidária com os demais seres humanos? Ou, o que é o mesmo: Uma vez que todos somos livres e iguais e todos temos direito a perseguir nossos fins éticos, mas sem prejudicar-nos ou causarmos danos uns aos outros, quais são os atos que devo obrigatoriamente praticar e que devo obrigatoriamente evitar? Quais são os deveres dos homens uns em relação aos outros, quaisquer que sejam seus projetos éticos? Nesse caso, o homem de negócios pode querer riquezas, mas não pode consegui-las à custa de apropriação indevida dos bens dos outros. O filantropo pode querer fazer o bem a outrem, mas não pode fazê-lo à custa de eliminar a liberdade do outro de escolher o que é melhor para si. O artista pode querer dedicar-se somente à beleza, mas não pode simplesmente não contribuir para o sustento da prole que tenha ajudado a gerar. O sacerdote pode querer dedicar-se a Deus, mas não pode fazê-lo de forma tal a desprezar ou perseguir os homens que partilham de outras crenças ou que não aderem a crença alguma. Isso é assim porque há, ao lado dos fins éticos, que variam de pessoa para pessoa, deveres morais, que se impõem a todos indistintamente.
Espero dessa maneira haver contribuído para esclarecer e aprofundar a compreensão da distinção entre ética e moral que já havia abordado na postagem anterior.
Parte III - Escrita em 23/08/2012
Para terem um conhecimento introdutório sobre o campo da ética, os livros que recomendo fortemente são os seguintes:
Sandel, Michael. Justiça: O que é fazer a coisa certa. Ed. Civilização Brasileira: Excelente curso, ministrado em Harvard, para leigos e curiosos em geral, sobre as grandes questões da filosofia moral, juntamente com o pensamento de alguns dos grandes filósofos morais na história. A linguagem é muito acessível e os exemplos são muito didáticos e interessantes.
Rachels, James. Os Elementos da Filosofia Moral. Ed. Manole: Excelente manual para compreender o campo da filosofia moral e as várias abordagens e escolas concorrentes, com seus respectivos representantes e argumentos, pontos fortes e fracos. Leitura simples e de fácil compreensão.
Singer, Peter. Ética Prática. Ed. Martins Editora: Ótimo livro para encontrar discussões éticas contemporâneas, como meio-ambiente, aborto, eutanásia, pena de morte, mentira etc., com argumentos provocativos e bem construídos para ambos os lados em cada controvérsia. Ideal para fomentar debates, para ampliar a reflexão e para robustecer os argumentos.
Se quiserem ir além de leituras introdutórias e quiserem conhecer as obras clássicas do campo da ética, uma lista mínima de clássicos teria que incluir os seguintes:
Aristóteles. Ética a Nicômaco (versão recomendada: Ed. EDIPRO): O clássico eterno da disciplina. Aristóteles elabora uma concepção da vida humana como dirigida para a felicidade e da felicidade como consistindo numa vida vivida de modo racional e virtuoso. Aborda virtudes como a temperança, a coragem e a justiça. Fala do papel do prazer e da amizade na vida humana. Todas as abordagens posteriores, inclusive as modernas, precisarão fazer referência a Aristóteles, seja para concordar, seja para discordar. Uma leitura que vai fazer diferença na sua formação e na sua vida.
Kant, Immanuel. Fundamentação da Metafísica dos Costumes (versão recomendada: Ed. Almedina): Outro clássico indispensável. Kant elabora uma ética baseada na ideia de cumprimento do dever motivado exclusivamente pelo dever, independentemente de considerações de felicidade ou de consequências da ação. Fornece as três formulações do seu famosíssimo imperativo categórico e defende uma concepção da liberdade do homem com base na consciência moral. De leitura muito mais árida, mas com conteúdo indispensável. Ideal para ser lido após os livros introdutórios já terem dado uma ideia sobre o pensamento ético de Kant.
Mill, John Stuart. Utilitarismo (versão recomendada: Ed. Martins Fontes): O terceiro nesta trinca de clássicos incontornáveis. Mill desenvolve de forma mais convincente a ideia de Bentham de uma ética baseada no cálculo das consequências positivas e negativas das ações sobre a vida das pessoas. As ideias de responsabilidade, de virtude, de dever e de justiça recebem novas abordagens a partir daquela ideia fundamental. De leitura simples, clara e prazerosa.
Comentários
Não é um comentário, apenas um agradecimento por ter me remetido a esse outro texto seu que com certeza vai ajudar na sistematização da minha pesquisa.
Gostaria de lhe fazer uma pergunta apenas. O trabalho que estou fazendo tem como tema "ciência da computação e ética". Como a ética tem fins nítidamente mais subjetivistas e pouco partilháveis em relação à moral, que no meu entendimento, acaba se relacionando melhor, inclusive, com a legislação a respeito de computação (quem cumpre a legislação é um sujeito moral, faz "o mínimo"), não seria o tema desse trabalho, talvez, mal desenvolvido, querendo verdadeiramente perguntar ao aluno de ciência da computação a relação entre sua área de estudo e a moral? Agora me questiono, inclusive, se em nossas aulas de deontologia jurídica, o tema em questão não seria a ética e sim a moral do advogado...
Obrigado e até mais!
Danilo Cardoso.
1) A legislação de computação tem caráter ético ou moral? Bom, em princípio eu responderia "moral", porque, provavelmente, diz respeito à questão do que devo ou não devo fazer para manter o respeito pelos direitos dos demais usuários.
2) Seu trabalho versa então sobre "ciência da computação e moral"? Mais ou menos, porque, se há uma legislação a respeito, já não é apenas o "senso de dever", ou "senso de justiça", que levará o sujeito a agir ou deixar de agir dessa ou daquela maneira, mas também o fundado receio de sanção, o que torna as obrigações respectivas jurídicas, e não (apenas) morais.
3) O uso de "ética" na deontologia (jurídica, médica, computacional etc.) está errado? Está. Na medida em que a ética tem a ver com valores e com a concepção de vida boa de cada um (quer dizer, do que vale a pena na vida e de que tipo de vida vale a pena viver), ela não pode se justificar no respeito recíproco nem se expressar num conjunto de regras. A expressão "código de ética" é uma contradição, porque um código é um conjunto de regras comuns, postas para pautar a conduta de indivíduos com diferentes orientações, nada tendo que ver com a ética. Se é código, não é de ética. Se é ética, não poderia ser código, muito menos imposto e comum. Outra contradição é que "deontologia" quer dizer "ciência dos deveres", e "dever" é uma noção nitidamente moral, e não ética.
4) Então por que diabos se usa tanto o termo "ética" para referir-se às deontologias profissonais? É que no Brasil se sofreu a influência do pensamento francês do final do Séc. XIX, segundo o qual "moral" era o conjunto dos costumes vividos numa sociedade (tendo caráter "prático e irrefletido"), enquanto "ética" era a reflexão sobre o bem e as boas ações (tendo caráter "teórico e reflexivo"). Por isso, moral adquiriu o sentido, um tantinho pejorativo até, de moralidade social vigente, quer dizer, o conjunto daquelas crenças e instituições mais ou menos tradicionais, preconceituosas, conservadoras, retrógradas (ou seja, moral = moralismo hipócrita). Daí usar-se o termo ética, que adquire a conotação de algo mais refletido, sofisticado, racional, a que se chega como demonstração de cultura elevada, e não de apego excessivo aos padrões moralistas da sociedade. Mas essa distinção, que tem um fundo aristocrata (a ética pertence aos "espíritos esclarecidos"), classista (a ética é a moral burguesa, intelectual e laica) e discriminatória (a ética dos outros não é ética, é apenas um conjunto de preconceitos que eles abraçam por não serem racionais o bastante para questioná-los), está para lá de ultrapassada e não deveria mais ser sequer mencionada.
A distinção entre ética e moral deve ser feita em conformidade com o que ensinei nessa postagem.
Pedro
Estou fazendo uma pesquisa sobre como enxergar a Lei Seca através dos olhos da filosofia moral. Gostaria de saber a sua opinião sobre as possíveis implicações das proibições legislativas(como a Lei Seca) e as implicações morais e sociais que existiriam caso não houvessem proibições.Outra pergunta que tenho para fazer é qual a sua opinião sobre o papel da mídia nessa questão moral tão importante e influente na nossa sociedade?
Muito Obrigada
Carla Moraes
agradeço pelo esclarecimento exposto.
Abraço.
Tema:ética(Filosofia Moral)
*O que é?
*Principais pensadores
*Principais questões e problemas
Se puder me ajudar,tenho q entregar no dia 31/08
Lara Luíza - São José de Piranhas PARAÍBA
COMTE-SPONVILLE, André. Apresentação da filosofia.
CHAUÍ, Marilena. Convite à filosofia.
WARBURTON, Nigel. O básico da filosofia.
BUNIN, Nicolas; TSUI-JAMES, E. P. Compêndio de filosofia.
estou a fazer um trabalho sobre a moral como problema fundamental da filosofia
podia me dar umas diquas
obridado
gostaria de lhe fazer umas perguntas ..
* Em que época surgiu a moral e a ética ..
* qua filosofos foi seu (radai)..
abraços ..
Sou de Potugal e estive a ver o seu texto e gostava de lhe perguntar uma coisa... O que surgiu primeiro? A Moral ou a Ética?
Obrigado,
espero atenciosamente resposta.
estou no 2º ano do ensino medio
estamos estudando sobre "Ética e Moral",e o assunto envolve muitos outros,e minha duvida é..
qual seria a diferença entre Ética e Estética?
um abração!!
Estou realizando uma pesquisa de campo, relacionada a Ética Profisional, na área da educação... vizando como ponto crítico os comportamentos e forma de dar aulas de professores... (Ambiente escolar)!
Gostaria de recomendações para encontrar teorias relacionada a essa pesquisa!
desde já agradeço!
everson!
Estou terminando um trabalho sobre "A Moral e a Ética dentro da Filosofia" e até mesmo as perguntas de outros colegas estão me ajudando a concluir o trabalho.
Como diz meu filho - "você é o cara".
Obrigada.
Abraço...
Gostaria que citasse alguns pontos importantes para que eu possa construir uma linha de raciocínio e executar com êxito o meu trabalho.
SUENNE NESHELING
article, very usefull for me...thank you
Como estou afim de saber, mais da filosofia, estou lendo os seus ensinamentos, e meio que não entendi, o que você disse sobre moral e ética, então vou dizer um pouco do entendi e vc me me ensine e explique se algo estiver errado.
Pelo que entendi a moral e a ética, sempre vão estar ligadas, por que uma completa a outra. No caso da ética, é uma coisa mais individualista, vc e sua familía é vc com seu próprio eu, pensando no seu futuro, na sua felicidade, no seu caratér, e no caso da moral, é mais vc com sua comunidade ajudando, sendo crítico, moralista!
Obrigado
Que acontecimento recente o Senhor poderia ilustrar o seu ponto de vista a cerca da ética e moral.
Um abraço!
Tati
A Explicação foi muito clara,vai me ajudar muito das provas,atividades e trabalhos!
Tenho certeza que vou tirar nota boa de FILOSOFIA!
Obrigada e até mais!
Vcs, tem alguma doutrina, autor, algo para me ajuda ou indicar!
ficarei grata!
meu e-mail é maryangelica_sanf@hotmail.com
voce escreve muito bem.
mas, eu gostaria de saber se voce nao sabe, e poderia me explicar o pensamento do filosofo michel foucault.
muito obrigada;
tenha uma boa tarde.
Olhando para o meu passado de engenheiro, e tendo visto desfilar ditaduras, comunismos, socialismos, democracias, e lendo a história, não encontrei explicação outra para a falta de atenção que os governos dedicam sistematicamente às sociedades, que não seja a deficiência na moral. Deficiência na moral dos governos, na mancomunação pessoal de governantes, e na falta de representatividade cidadã nesses governos. É histórica a falta de ética e de moral. Gostaria de conhecê-lo melhor.
Um grande abraço
Rui Rodrigues
http://democracydirectvote.no.comunidades.net/
http://www.facebook.com/profile.php?id=100000578604842
montrodal@gmail.com
Onde está a porra da democracia que deveria assegurar os direitos fundamentais dos seres humanos (moradia , saúde, educação)?
Bruna Cabral
Obrigada.
Obrigado!
é a medida de todas as coisas''?
Já no caso da moral, as normas morais não precisam ser vistas como normas impostas pela sociedade, como se viessem "de fora" do indivíduo e este apenas as recebesse, internalizasse e acatasse. Elas são normas com justificação racional universal e, assim, são normas com as quais todos os indivíduos racionais podem concordar. Ao seguir uma norma com que eu concordo, eu me torno legislador para mim mesmo, sendo, então, autônomo (isto é, governado por uma norma minha), e não heterônomo (isto é, governado por uma norma alheia). Também convém não confundir normas morais com simples costumes e tradições, pois estes nem sempre são racionalmente justificados, podendo ser apenas resíduos sociais de tempos passados. A moral, ao contrário, nunca é simples hábito, é sempre moral racional, capaz de ter força persuasiva.
obrigada por explicar o assunto, assim eu aprendo mais e eu passo na unidade.
Para ter uma compreensão introdutória sobre o campo da ética, recomendo ler os seguintes livros:
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3648554/justica-o-que-e-fazer-a-coisa-certa/
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/197220/os-elementos-da-filosofia-moral-4-ed-2006/
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/350360/etica-pratica-col-biblioteca-universal/
Se você estiver realmente interessado na história da ética como um todo, os livros que recomendo são os seguintes:
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3529473/historia-critica-da-filosofia-moral/
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/154708/historia-argumentada-da-filosofia-moral-e-politica-col-ideias-12/
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/192772/historia-da-filosofia-moral/
e
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/138986/dicionario-de-etica-e-filosofia-moral-2-vols/
Agora, se você estiver mais interessado nas modificações que os processos éticos do dia-a-dia sofreram na modernidade, você talvez queira fazer algumas leituras sobre modernidade:
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/457475/modernidade-liquida/
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3068429/sociedade-de-risco-rumo-a-uma-outra-modernidade/
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/363844/as-consequencias-da-modernidade/
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/147818/modernidade-pluralismo-e-crise-de-sentido-a-orientacao-do-homem-moderno/
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/155666/amor-liquido-sobre-a-fragilidade-dos-lacos-humanos/
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/2578500/vida-para-consumo-a-transformacao-das-pessoas-em-mercadoria/
http://www.livrariasaraiva.com.br/produto/3661438/a-etica-e-possivel-num-mundo-de-consumidores-nova-ortografia/
Espero que te ajudem. Abraço!
Se nos questionar-mos a nós próprios se um homem vivesse isolado, teria a necessidade da moral? A nossa resposta seria não pois a moral é um conjunto de regras que asseguram condições justas... Mas se partirmos da comparação entre o ser humano que estava isolado e o meio onde vivia? Estaria correcto partir deste principio? Qual seria a sua resposta para a questão inicial?
um abraço
Guilherme Previati
De início parabenizo-o pela excelente aula que nos proporcionou com esse post. A minha dúvida reside na possibilidade desse acordo racional e intersubjetivo do que é ou não moralmente correto.
Ora, as produções filosóficas da Escola de Frankfurt e dos pós-modernistas franceses (Lyotard, Derrida, Foucault, Deleuze) tiveram por fim demonstrar a irracionalidade das "grandes metanarrativas" iluministas. A crítica da razão moderna e sua pretensão de saber absoluto e universal, que teve início em Nietzsche e Marx, culminou, a meu ver, numa total descrença quanto à possibilidade de justificação do projeto filosófico da modernidade.
A minha pergunta é: o que fazemos a partir daqui? A modernidade realmente se esgotou e agora temos que abraçar algum tipo de relativismo ou contextualismo moral? Como podemos fundamentar racionalmente nossas pretensões morais em um ambiente pós-giro hermenêutico-linguístico?
A proposta filosófica de Habermas ainda caminha no sentido de um "projeto inacabado de modernidade" e considera a razão comunicativa como uma saída para as críticas pós-modernistas. Porém, parece-me bastante contraintuitivo e nem um pouco convincente falar-se em "leves transcendências" e "acordos intersubjetivos com vistas a entendimentos mútuos" em pleno século XXI. Enfim, com a ressalva de alguns neokantianos (Habermas, Dworkin, Rawls), a crítica pós-modernista revela-se paulatinamente inevitável e contundente. Quais as considerações o senhor tem sobre o tema?
Obrigado!
Gostaria de saber o que você pensa (se concorda, discorda...) sobre o seguinte excerto de um livro de Mário Ferreira dos Santos: "A Ética estuda o dever-ser humano, a Moral descreve e prescreve como se deve agir para realizar este dever-ser. A Moral é variante, mas a Ética é invariante. Podem os homens, mas assistidos pela intelectualidade, errarem quanto à eticidade de um ato e estabelecer um costume (moral) que nem sempre é conveniente ou é exagerado. [...] É essa a razão por que muitas vezes encontramos diferenças entre a moral e a ética. E muitas vezes vimos que certos costumes de certos povos ofendem a princípios de justiça, porque nem sempre o homem escolhe como modo de proceder (seria o modo moral) aquele que melhor corresponde à realização do dever-ser ético".
Esse excerto define a ética como invariante (ou invariável), e reparei que você diz que "ética cada um tem a sua". Não sei se as duas opiniões se contradizem ou se há como conciliá-las...
Obrigada
Gostaria de saber quando nasce a Filosofia moral ou a disciplina filosófica denominada ética ?
Parece que Emmanuel Lévinas (e também Zygmunt Bauman) têm uma visão diferente sobre o assunto: a ética seria um código para moderar o impulso moral inerente ao homem.
Parabéns pelo blog.
desde já agradecido Wesley
ps: se possível o mais rápido,