Ler ou não ler os textos clássicos?
A nenhum professor de filosofia do direito, que seja cioso da excelência da disciplina e se preocupe com a formação dos alunos, deve ter deixado de ocorrer a dúvida angustiante entre fornecer aos alunos textos introdutórios e comentários ou textos clássicos dos autores mais relevantes. Essa questão, que se anuncia à primeira vista como simples dilema bibliográfico diante do tempo limitado e da pouca capacidade de leitura frutífera do aluno mediano, levanta na verdade um conjunto de controvérsias mais profundas, relativas aos objetivos e à forma do ensino da filosofia do direito nos cursos jurídicos de graduação. É assim porque o que está em jogo não é somente o tipo de texto a ser oferecido, mas antes o tipo de acesso às discussões filosóficas da disciplina que ser franquear ao bacharelando em direito. Nos próximos parágrafos esboçarei dois modelos de ensino da filosofia do direito (o modelo centrado na filosofia e o modelo centrado no direito) e sua relação com fontes bibliográficas p